de lado as pernas abertas os lábios
palpitando na orla da fresta
abusadora deixando entrever
o claro fundo coralíceo
com os joelhos roçando no
queixo e abrindo lentamente
os dedos dos pés enquanto eu
vou penetrando de várias maneiras
ociosamente até sentir a caudalosa
corrente de bens espraiando-se como
a via láctea nas negras e eternas
muralhas do universo visível.
Alberto Pimenta in 366 poemas que falam de amor
"Portugal n.1937"
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