Chamar-te colibri sussurar-te
Ao ouvido coisas ácidas e ternas
Morder-te no pescoço nos ombros nas nádegas
Sentir a humidade entre as tuas pernas
Selar-te as pálpebras com saliva
Enquanto gritas que me odeias e me amas
As minhas mãos numa roda viva
Entre as tuas nádegas e as tuas mamas
a minha língua a tua língua o meu
Pénis o teu clitóris a minha língua
O teu clitóris o meu pénis a tua língua
De joelhos como se implorasse
Enterrá-lo bem fundo entre as tuas pernas
Deixar que um raio nos trespasse
Jorge Sousa Braga in 366 poemas que falam de amor
"Portugal n.1957"
Carta de apresentação
O SECRETO MILAGRE DA POESIA
Sentimo-nos bem com seu contacto.
Disertamos sobre as suas maravilhas.
Auscultamos pequenas portas do seu mistério
e chegamos a perder-nos com prazer
no remoínho do seu interior.
Apercebemo-nos das suas fragilidades e manipulações.
Da sua extrema leveza.
Do silêncio de sangue e da sua banalização.
Excerto
in Rosa do Mundo
17 de março de 2012
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